De acordo com o médico neuropediatra Walter Luiz Magalhães, a mãe da criança foi ao consultório e alegou que o filho havia tomado a vacina contra a poliomielite e, uma semana depois, apresentou problemas na perna. "É uma criança muito nova ainda, que não andava. Nos exames constatamos que ela tinha perdido força nas pernas e que não tinha reflexo", disse o médico.
Segundo Magalhães, os sintomas eram de uma paralisia do tipo arreflexa aguda, que pode ser causada pelo vírus da poliomielite. "Qualquer caso de suspeita de paralisia deve ser comunicada imediatamente para o sistema de saúde, que passa a investigar o caso. Foi o que fizemos", afirmou.
O médico informou que uma notificação foi enviada no mesmo dia para a Secretaria de Saúde de Pouso Alegre, que não quis se manifestar sobre o assunto. Em nota divulgada pela assessoria de comunicação da prefeitura, a secretaria disse que tomou as providências necessárias: "Assim que a Secretaria de Saúde tomou conhecimento dos fatos relacionados à reação adversa apresentada pela criança tomou prontamente todas as medidas cabíveis."
Já o Ministério da Saúde informou que somente tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e após procurar, na semana passada, a Secretaria de Saúde de Pouso Alegre, recebeu a confirmação da suspeita.
A assessoria de imprensa do ministério disse ainda que, como já se passaram cinco meses, talvez não haja mais como confirmar se a paralisia foi realmente causada pela vacina. Em tese, o primeiro exame que detecta a presença do vírus da poliomielite deveria ter sido feito em até 60 dias, por meio da análise de amostras de fezes da criança.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, em todo o País já foram aplicadas mais de 400 milhões de doses da vacina e foram apenas 46 casos de paralisia pós-vacinal.
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